domingo, 17 de maio de 2020

Imortalidade da alma

             
              Em relação à imortalidade da alma ,nos diz Alan Kardec (1) " Os que pensam que a  alma , com a morte, volta ao universal, estão errados, se por isso entendem que ela perde a sua individualidade, como uma gota d'agua que caísse no oceano, Estão certos, entretanto, se entendem pelo todo universal o conjunto dos seres incorpóreos de que cada alma ou espirito é um elemento. Se as almas se confundissem com o todo, não teriam senão as qualidades do conjunto, e  nada as distinguiriam entre si; não  teriam inteligência nem qualidades próprias. Entretanto, em todas as comunicações, elas revelam a consciência do eu e  uma vontade distinta. A diversidade infinita que apresentam, sob todos os aspectos, é a consequência mesmo da sua individualização. Se não houvesse ,após a  morte, senão o que chamam Grande Todo, absorvendo toda as individualidades, esse todo seria homogêneo, e então as comunicações recebidas do mundo invisível seriam todas idênticas. Desde que encontramos, porém, seres bons e maus, sábios e ignorantes, felizes e desgraçados, e desde que os há de todos os caracteres: alegres e tristes, levianos e sérios, etc .,é evidente que se trata de seres distintos. A individuação ainda se torna evidente, quando esses seres provam a sua individualidade através de sinais incontestáveis, de detalhes pessoais relativos à sua vida terrena, e que  podem ser constatados; ela não pode ser posta em dúvida ,quando  eles se manifestam por meio das aparições. A individualidade da alma nos foi teoricamente ensinada, como um artigo de fé, mas o Espiritismo  a torna patente, e de certa maneira material.
1. KARDEC, Allan . O livro dos espíritos. Trad.. Herculano Pires.

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